sexta-feira, 15 de março de 2013

Será que passa?

Certa vez escrevi sobre sonhos. Eu, menina, começando a sonhar. Tentando alcançar um sonho, traçando caminhos, aprendendo a amar. Só me esqueci do que vinha depois. Lembro-me que disse que alcançar um sonho não era fácil, mas manter um sonho pode ser ainda mais difícil. Um velho clichê assombra a mente e sente na pele aquele que sofre: “Quanto mais alto o sonho, mais dura (ou maior) a queda”. O que por um minuto é sonho e, no minuto seguinte, vira possessão, não dá certo, é guerra em vão. O que se pensa belo, se constrói belo, deve manter-se belo até o fim. Lembro-me ainda que falava de pedras. Pedras que assombravam o caminho da conquista, pedras essas que continuam no caminho pós conquista, e que, se você não as dribla, acaba esmagado por elas. Ah! Os sonhos... Tão doces. Recheados de creme e cobertos de açúcar fazem uma criança feliz. Recheados de amor e cobertos de esperança podem fazer qualquer um feliz. O problema é quando acaba. Quando o sonho não é mais sonho. E aí dói... Uma dor tão intensa que faz-nos querer virar do avesso, descer as escadas, voltar ao começo. Quando tudo era sonho e nada era vão. Agora já sei que mais do que alcançar um sonho o que faz a gente realmente feliz é saber como mantê-lo vivo, aceso dentro de nós, lutar com todas as forças para que ele não termine nunca porque se não vai doer. E é uma dor que ninguém, nunca,(mais) vai querer sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário