sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Nos "recém-tempos"

Abri os olhos, enxerguei o mundo pela primeira vez, chorei.
O sangue ainda estava em minha cabeça, e gentilmente fui levada para o meu primeiro banho, que delícia!
Me acalmei.
Agora estava recolhida nos braços de minha mãe que me olhava com admiração, apreciava sua criação e a mostrava para os que ali estavam com muito amor.
Estava perplexa com tudo aquilo, sorri. O sorriso mais doce e puro que uma criança pode dar, o sorriso que não tem dentes, não tem som, não tem aparência, um sorriso com o coração. Uma felicidade.
Depois fiquei cansada. Fechei os olhos, dormi.
Nunca mais voltou esse dia. Mas como eu queria..
O recém-nascido é tão puro, tão sem malícias, inocente como só.
Sorri com a alma e chora somente com o que realmente lhe encomoda.
São apreciados, admirados, acariciados, amados.
E só aceitam.
Mas como eu queria..

Raissa Guida

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